E ela cai torrencial como uma chuva de verão
E sem estar em casa sou pega de surpresa entre boquiaberta e admirada
Tudo bem, estou abrigada
Mas por essa não esperava
Sem saber se vou e me molho ou se fico no abrigo
Ouço o conselho de esperar, que a chuva vai passar
Então sento e aguardo destino...
Mas como esperar se meu destino é caminhar?
E vejo que a chuva estia e o passo está mais lento
Seria já a bênção de não projetar?
De viver o presente sem muito esperar?
Só sei que a chuva passa e fica o cheiro de terra molhada
E tomo o caminho de casa com apenas três pingos na saia
E assim agradeço a chuva abençoada
Que em milagre estia a refrescar minha caminhada
Prema
24 de novembro de 2012