domingo, 24 de junho de 2012

Novo Olhar

Novo olhar. O olhar de uma criança...
Vi rostos brilhando com um novo olhar
Um olhar de esperança...
Em cada coração uma semente a germinar
Com o sol de um novo olhar

Que o sol continue sempre a brilhar
Na caminhada sublime do viver
No ciclo contínuo de ascensão do ser

VIDA AMOR PAZ ESPERANÇA
LUZ ALEGRIA RESPEITO HARMONIA

Sejam chaves recorrentes
Das passagens descobertas...
Das portas semi-abertas... no Eu e no Você


Autoria: Prema

Por outros lábios (Diógenes)

Por outros lábios da sua partida...
...e foi assim, nem era tão tarde.
Pra não acreditar, daria minha vida.
Sabe aquelas horas que a vista arde?
Ah não pode ser. Logo agora, justamente agora?
Agora, não deu nem para escrever um texto.
Muito menos para ensaiar qualquer tipo de pretexto...
...que fizesse você ficar.
Agora, tudo se passa um filme mudo
De tudo que passamos juntos...
... e se pedisse pra você voltar?
Confesso que tive meus erros
Não fui o único nesta relação.
Você partiu, por hora surgiram perguntas
Já em outras, faltou direção.
Deixa esta frieza de lado,
há tempos calei meu coração,
Afinal, quem nunca agiu por orgulho?
Quem de nós não pediu perdão?


terça-feira, 12 de junho de 2012

Quando escrever é sonhar

Quando escrever é sonhar
Poder de criação
Entusiasmo no coração
Força do realizar

E quando o sonho é canção?
A ritmar o caminhar
Alegrar cada estar

Ah...
Sonha, sonha... o sonho real

Que vem como brisa
Da vida que segue
Que cria e recria
O sonho afinal
Da felicidade real


Autoria: Prema

02 de junho de 2012

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Madrugada

Quando se quer dizer nada vem ao pensamento
Quando se tem algo a dizer, já bastou sentir
...
Teimosia do poeta dizer o inefável?
Ou seria dom essa missão por cumprir?
Ah... Nessa vida tão veloz onde o tempo procura o porvir
Onde o espaço do sentimento?
Onde a sabedoria do passo lento?
Perguntas ... perguntas... perguntas...
Respondidas no momento
Que a mente aquieta
Em que a paciência desperta
Na hora certa
Da lentidão programada e mágica
Do florir


Autoria: Prema

01 de maio de 2012

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Transitório e Permanente

Lembro agora Cecília e o seu transitório
Transitório infinito, que até mesmo o eterno modifica

Nos dias de menina eu a via
Nos de adolescente ignorava
Juventude, desafiava
Em me tornar, diria, uma jovem adulta, respeitava...

Mãe de minha mãe
Gênese recente de minha vida
Foste, mas teu exemplo ficou
Exemplo de força e de sede de vida
Exemplo que, para meu regozijo, minha mãe também herdou
... certamente de ti

Infinitamente feliz seria, certeza tivesse de possuir um terço dessa herança,
que é de alegria
Enquanto certeza não tenho,
fico a admirá-la de longe...

Pena agora estares mais distante de meus olhos,
pois já não posso ver a matriz...
Tudo bem, ainda vejo a herança...
e tenho a lembrança

Não, não vou falar de morte, pois tu só me lembras vida...
por mesquinha que seja ou possa parecer... vida!

Sinto que vives e que teu medo já se foi
Sentindo isso, desejo nesse momento
Que vivas plenamente o dom que lhe é inato...
Viver...

Algum dia nos veremos de novo,
E eu, certamente estarei em outra fase,
Podendo aprender melhor de você
e, quem sabe, ensinar

E então, o transitório se torna eterno,
na perspectiva de rever e mudar o que permanece...
que também é você.


Autoria: Prema

(para minha avó Emília)
Em 28 de janeiro de 2001


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sobre Prema

Tenho hoje 37 anos, algumas experiências vividas e outras ainda por viver.
Escrevo poemas desde muito jovem, entre 10 e 12 anos.  Esses versos em busca de poesia sempre vieram mais intensamente em determinados períodos de minha vida, desde que comecei. Posso chamá-los de períodos poéticos, aqueles em que a inspiração ensejava versos.  A maior parte deles foi perdida entre papéis avulsos e um computador que pifou sem chance de que eu resgatasse os documentos. Não lamento. Ficaram os que deviam ficar.

Estando um bom tempo de minha vida adulta sem escrever, resolvi recomeçar. Esse blog marca o recomeço. A primeira poesia publicada nele foi uma das que reencontrei em uma agenda do ano 2001, feita para minha avó materna, três dias depois de ela ter passado pela morte e partido para outra vida.
Tendo relido essa e outras poesias, tomei a decisão definitiva de voltar a escrever e me expressar por poesia, ideia que estava já amadurecendo. Dos escritos da agenda, apenas essa está publicada.  Entre as antigas publicadas tem mais uma, de 2009 se não me engano. As demais são novas. Praticamente, inauguram-se também com o blog.
Redescobri que me expressar pela poesia me faz bem e revela algo de mim a mim mesma.
Nesse blog esse algo de mim é Prema. Prema é o amor que escreve sobre as descobertas. São poesias descobertas sob a inspiração das palavras ou da conexão com quem ou o que lhe toca a alma. Prema também descobre rimas ou sentidos dos fatos mais corriqueiros do dia-a-dia.

Prema em mim representa a vontade de escrever e contar: compartilhar o vai dentro e uma forma de ver o que vai fora. Enfim, Prema vai se revelando a cada vez que compartilha.


Prema
Essa postagem foi feita no dia 17 de setembro de 2012.